terça-feira, 10 de abril de 2018

Sir Charithoughts: Sun & Moon 041-045

Celebrando 20 no 21º
No último primeiro de abril, Pokémon - A Série completou 21 anos de existência! É um feito incrível para qualquer animação sobreviver todos esses anos ininterruptamente, se reinventando e permanecendo relevante a cada nova geração, agradando velhos fãs e atraindo novos. E enquanto 21 não seja um número exatamente festivo do ponto de vista comercial, os 20 anos da animação estrelando Ash e Pikachu foram muito bem celebrados. O longa-metragem Pokémon - O Filme: Eu Escolho Você teve uma passagem  especial e bem-sucedida em vários cinemas do mundo (incluindo os tupiniquins), o Japão comemorou a exibição de 1000 episódios da série e o anime nos deu uma dose necessária de nostalgia com um breve retorno a Kanto, nos dando a companhia de Misty e Brock que o filme nos negou.
Episódios evento são muito propensos a traírem a linha narrativa principal de uma série em prol do fanservice (por que os Power Rangers das fases anteriores são sequer citados, mas de repente todos os vermelhos saem de suas tocas para um encontrão celebrativo?), mas Pokémon consegue conduzir o seu episódio duplo em Kanto de forma coesa dentro da narrativa presente sem se atrapalhar. Para celebrar os 20 anos da Escola Pokémon (há!), os alunos do Professor Nogueira (e só eles, os queridinhos que voltaram de Akala tipo ontem!) ganham uma excursão para Kanto com direito a passagens aéreas e tudo, onde terão encontro com dois Treinadores especiais que coincidentemente são os primeiros companheiros de jornada de Ash. E a Equipe Rocket está no mesmo voo, claro.
Por mais que pareça um festival de conveniências, não é difícil imaginar todas essas coisas se alinhando. É completamente plausível imaginar o Professor Nogueira entrando em contato com a galera de Kanto através do Diretor Carvalho e recebendo as referências de Misty e ela chamando Brock para reencontrarem Ash juntos, especialmente considerando a proximidade dos antigos companheiros de jornada com a mãe de Ash e o Professor Carvalho e o verdadeiro objetivo do Professor Nogueira com essa viagem (instaurar a Liga Pokémon em Alola, assim como sua contraparte dos jogos). Nesse embolo, a única coisa puramente fanservice fica sendo a presença da Equipe Rocket… e aparição surpresa de Mew… e o retorno providencial de Jigglypuff… e aquela espiadinha no Esquadrão Squirtle. Porém, tudo isso é tão realizado de forma tão linda que é impossível se incomodar.
Para episódios que pretendem celebrar os 20 anos de história desta série, nada mais justo que deixar os roteiros a cargo dos únicos dois membros da equipe original e o trabalho de Shoji Yonemura no SM042 e de Atsuhiro Tomioka no SM043 é simplesmente impecável. Em seu episódio, Yonemura consegue nos dar nostalgia ao mesmo tempo em que coloca os novos personagens para interagirem com os velhos de forma orgânica e divertida. É legal ver que até situações como o breve sumiço de Popplio serve para tirar o grupo daquela grande massa coletiva e nos permitir momentos mais íntimos, como a de Misty e Vitória (Lana) dando um mergulho.
Além da desses momentos entre personagens, é legal ver a interação das crianças de Alola com a região de Kanto e como isso gera momentos incríveis. Cenas como Kiawe apostando corrida com Rapidash, Lulú (Mallow) se arriscando perto de Vileplume e Gloom e Vitória nadando com Horsea e Seadra não só exploram essa interação inter-regional como também nos remetem a momentos da série clássica. Há também um bocado de cenas mostrando as interações dos Pokémon de Alola com suas contrapartes de Kanto, indo da fofura do encontro do Vulpix de Alola com Ninetales com o humor gerado pelo Exeggutor de Kanto completamente ultrajado com o parente distante.
E o que dizer de rever Misty e Brock com Ash? Como alguém que sentia saudades imeeeeeeensas de Misty (ela não fazia aparições novas há de 11 ANOS!!! desde "O Mentor da Miragem Pokémon" em 2006), cada cena dela era uma palpitação gostosa a mais no meu coração. Revê-la puxando a orelha de Brock ou tendo pânico com insetos ou implicando com Ash me deixava simplesmente encantado da forma mais gostosa que se pode ficar! A breve passagem em que os três ficam sozinhos e relembram suas aventuras é linda e é tão reconfortante enquanto fã das antigas constatar que eles formaram aquele tipo raro de amizade que seguiram rumos diferentes, mas sempre vão ser amigos não importa quanto tempo se passe (ainda que falar em tempo em Pokémon seja um assunto bem delicado).
Mas o que eu mais amo nesse retorno é certamente o quanto eles reforçam o crescimento de Misty e Brock enquanto personagens pós-jornada. Como se a visão incrível do novo visual do novo Ginásio de Cerulean já não servisse como prova suficiente do nível que a ruiva atingiu enquanto Líder de Ginásio, ainda temos a chance de vê-la comandando Psyduck em batalha com total segurança e maturidade, ajustada à personalidade difícil do Pokémon, que ainda se mostra capaz de responder a isso!
Por outro lado, Brock continua em sua busca pessoal para se tornar um Médico Pokémon, no presente atuando como médico-residente enquanto seu irmão Forrest continua liderando o Ginásio. E tudo isso sem perder suas habilidades em batalha! Ver Misty e Brock usando Mega Evoluções é só a cereja no bolo que eu passei a série X & Y toda esperando por uma chance de ver e Sun & Moon tornou realidade. Serei eternamente grato aos roteiristas e produtores por finalmente terem trazido Misty e Brock para um reencontro tão especial e tão bem executado! São episódios que com certeza eu assistirei muitas e muitas vezes contemplando o quão longe meus bebês chegaram ♥

Começam as Ultra Aventuras
Parte do que faz a Série Sol & Lua tão interessante é a sua imprevisibilidade. Sem os Ginásios e a linearidade da jornada tradicional, fica difícil saber os próximos movimentos da história. Duvido que alguém acreditaria que Ash retornaria a Kanto brevemente para uma batalha com o Mega Gyarados de Misty, por exemplo tampouco que esse evento seria imediatamente seguido por um muito esperado mergulho na maravilhosa mitologia da região de Alola, com não apenas a chegada de Nebby como também da de vários personagens interessantes dos games que ainda não haviam dado as caras e todos queriam ver.
Aya Matsui conseguiu causar um baita impacto só no episódio que inicia este novo arco de histórias, tornando a decisão da TPCi de iniciar sua 21ª temporada, Ultras Aventuras, aqui completamente plausível. Em 20 minutos, a construtora da série escancarou as portas para todo um universo além das paredes da Escola Pokémon: o conceito dos Ultraburacos de Minhoca e das Ultracriaturas e a reação de Tipo Nulo e dos Tapu a elas, o fato de Ash ter sido escolhido pelos próprios Solgaleo e Lunala (será que finalmente revelarão o que Tapu Koko viu no palletiano?) para cuidar de Nebby e a Fundação Aether.
É claro que já dava pra esperar que pelo menos a fundação fosse aparecer em algum momento, já que Samina (Lusamine) havia tido sua participação prenunciada desde a primeira visita de Ash à casa de Lílian. Só que é surpreendente saber que esse arco já começou, acabou e outro já está se desenrolando porque eu honestamente contava com um desenvolvimento beeeem mais lento com um clímax mais para o final. Saber disso me deixa apreensivo que talvez a história seja apressada, mas feliz de saber que os roteiristas ainda têm buscado novas e diversas formas de explorar a Fundação e as Ultracriaturas.
A roteirista foi particularmente bem-sucedida na forma como alterou elementos dos jogos para encaixá-los melhor na narrativa do anime, como integrar a Professora Burnet de forma mais ativa à história ao torná-la membro da Aether. Do ponto de vista de representatividade, é ótimo ter três mulheres como líderes prominentes da organização, com uma delas sendo já consagrada Mulher do Ano de Alola. Apesar de Pokémon sempre ter tido mulheres de importância em diversas posições (exceto, claro, como rival principal do Ash… e na liderança de organizações criminosas), o ramo da pesquisa e ciência ainda é um que conta com relativamente poucas representantes, com Professora Ivy sendo exclusiva da menor saga do anime, Unova até fazendo um avanço trazendo Fennel e Juniper na mesma região, mas errando ao colocar Aurea sob a sombra de seu pai desnecessário, e Professora Burnet (originalmente uma conterrânea das outras duas) só ganhando atenção digna na série principal de jogos e na animação duas gerações depois de sua estreia em Pokémon Dream Radar.
Outra mudança foi a passagem da responsabilidade por Nebby de Ash para Lílian. Considerando que o anime descartou toda a trama que envolve Samina desesperadamente (ou eu deveria dizer loucamente?) querendo ir para o mundo dos Nihilego usando o pequeno Pokémon Nebulosa à força e a importância de Ash para os Tapu, é uma escolha que faz todo o sentido. Ainda assim, fiquei feliz por Aya Matsui respeitar o laço existente entre Lílian e Nebby nos jogos, permitindo que a garota o batizasse e, melhor ainda, permitir aos outros alunos da Escola Pokémon sua quota de interação e influência na vida do pequenino, como Lulú sendo capaz de acalmá-lo e Chris descobrindo o que ele comia.
Porém, a mudança mais polêmica acaba sendo previsivelmente aquela da relação entre Samina e Lílian. Com a chefe da Fundação Aether deixando de ser a terrível e complexa vilã dos jogos Sun & Moon, as motivações de Gladio e sua irmã acabam sendo postas em cheque na série animada. No SM044, descobrimos que mãe e filha possuem essencialmente problemas de comunicação - assim como suas contrapartes em Ultra Sun & Ultra Moon. Basicamente, Lílian se sente negligenciada pela forma como sua mãe age sem considerar seus sentimentos: Samina não para de agir de forma afetada com sua filha, mesmo após ela declarar estar embaraçada com a situação, e em seguida Lílian menciona o evento em que sua mãe evoluiu seu Clefairy para Clefable (EU SABIA QUE TINHA ALGUMA COISA AÍ!) enquanto ela estava longe.
É uma mudança bem drástica porque Pokémon Sun & Moon era muito mais sobre a jornada de Lílian ganhando autonomia para enfrentar, derrotar e então perdoar sua mãe do que sobre o desafio da ilha em si. Com essa nova versão, Lílian perde muito da bravura e heroísmo que a tornaram a personagem tão especial que ela era! Todavia, enquanto eu absolutamente ODEIO ver a complexidade do relacionamentos das duas reduzido a problemas de comunicação em Ultra Sun & Ultra Moon, eu não consigo evitar concordar que esse seja mesmo o melhor caminho para o anime percorrer.
Pokémon sempre trabalhou relacionamentos parentais conflitantes - o episódio de Lulú confrontando o pai foi há menos de dez episódios atrás! -, porém quando se trata de pais verdadeiramente maus, o tom muda um pouco. Infelizmente, muitas crianças ao redor do mundo convivem com pais abusivos e violentos, sob ofensas constantes, então assistir a isso replicado num anime que eles assistem para se distrair pode ser bem pesado e acabar servindo de gatilho para sentimentos muitos negativos. Mesmo trazendo Ghetsis como vilão em Best Wishes! Season 2, o anime introduziu N já livre da influência dele, poupando o público do momento devastador em que o filho adotivo descobre que estava só sendo manipulado enquanto ouvia o homem que ele acreditava amá-lo como um filho chamá-lo de imprestável, estúpido, defeituoso, deformado e aberração, só para citar alguns exemplos de termos usados nos jogos.
Para o público mais velho que assiste ao anime, essa é uma perda imensa, mas para as crianças, a experiência pode acabar sendo bem mais agradável da forma como está sendo feita - e eles são o público-alvo, afinal. Outro lado bom é que a mudança acaba tornando a relação de mãe e filha mais fácil do público compreender e se relacionar, afinal a maioria dos problemas entre pais e filhos surge justamente da falta de comunicação e compreensão adequadas. A atitude de Lílian pode ser lida como uma garota sendo mimada com sua mãe superafetuosa, mas não dá pra ignorar que essa mãe supostamente afetuosa é a mesma que deixa a filha sozinha com o mordomo diariamente, a trata de forma hipercondescendente - motivo que talvez tenha motivado Lílian a estudar tanto para tentar ser respeitada, considerando o entusiasmo da mãe pela ciência - e ainda claramente age culpada quando a filha a acusa de ter evoluído Clefairy enquanto ela estava fora. É verdade que o Clefairy era de Samina, mas evoluir o Pokémon pelas costas da filha, sabendo como ela se sentia, em vez de ter uma conversa sobre isso é um ato bem traiçoeiro. A dinâmica é bem diferente da dos jogos, mas ainda pode render bons momentos, então estou ansioso para ver como isso vai se desenrolar daqui pra frente, além claro de toda as outras tramas paralelas.

SM041/ Episódio 992 - Acelere! Charjabug
Roteiro: Akemi Omode
Direção de Animação: Noriko Ito
Olha só, demorou, mas Chris finalmente ganhou um episódio legal! A região de Alola parece ter um bocado de competições diferentes e como amantes das corridas Pokémon, eu adorei esta. A estrutura da prova e a forma como cada menino ganhou uma tarefa diferente alinhada à sua personalidade foram muito bem feitinhas. Outra coisa bacana foi ver os Treinadores se preparando juntos para a competição, treinando Charjabug e merecendo sua vitória. E foi ótimo ver Ash sendo nocauteado na volta final, permitindo a Chris a chance de conquistar sua vitória junto de seu Pokémon usando não só habilidade física como sua inteligência e engenhosidade. Omode ainda inseriu elementos dos jogos dentro da competição de forma muito astuta, como Charjabug precisando se esforçar mais para contornar sua personalidade branda (mild) e o Charjabug vermelho do filhinho de papai Horácio que combinava sua natureza tímida (timid), que beneficia a Agilidade nos jogos, com a habilidade Fuga (Run Away) para ser o melhor competidor para a disputa. Foi um episódio mais que merecido para o Pokémon Bateria e seu Treinador!
Nota: 3,5/5.

SM042/ Episódio 993 - Um Alola em Kanto! Brock e Misty!!
Roteiro: Shoji Yonemura
Direção de Animação: Shuhei Yasuda e Maiko Katsuki
O que mais restou para falar desse episódio? Já teci tantos elogios que fica até difícil falar qualquer coisa mais. O único defeito é que poderia facilmente ser um pouco mais longo. A parte triste da mitologia sempre expansiva do anime é que tanta coisa se acumulou ao longo dos anos que episódios de 20 minutos não dão mais conta de revisar tudo! Só vimos uma meia dúzia de Pokémon do Ash do Laboratório (nada de Bayleef, Gible, Charizard, NADA DE INFERNAPE!!!) e Tracey, coitado, o anime nem tenta mais fingir que ele tem alguma relevância. Teria sido legal ver mais momentos de Ash interagindo e apresentando seus velhos Pokémon em vez de todas aquelas cenas comparando as versões regionais de Marowak, Exeggutor, Geodude, etc., mas não dá pra negar que esse momento era até mais coerente de se inserir, considerando que essa viagem ainda era uma aula extracurricular e as diferenças regionais são claramente parte do currículo!
Nota: 5/5

SM043/ Episódio 994 - Batalha de Ginásio! Movimento Z VS Mega Evolução!!
Roteiro: Atsuhiro Tomioka
Direção de Animação: Satoshi Nakano
Se o episódio anterior já era maravilhoso, esse aqui só conseguiu elevar o nível! É maravilhoso demais retornar ao Ginásio de Cerulean e descobrir que o que antes era mais um local para espetáculos de balé-aquático se tornou um maravilhoso e imponente Ginásio de respeito! A temática de aula iniciada no episódio anterior continua, com os alunos da Escola Pokémon se revezando para enfrentar Misty e Brock para terem seu próprio gostinho do que é uma batalha de Ginásio. A parte triste é que basicamente é confirmado de vez que Lulú, Vitória, Chris e Lílian não têm mesmo aptidão para batalhas, considerando o quão rápido e fácil a derrota é declarada sem os antigos companheiros de Ash sequer precisarem nocautear seus oponentes (na verdade isso já foi confirmado vários episódios atrás, eu que vivo em negação rs). 
A parte feliz é que, apesar de batalhas curtas, ainda conseguimos ter bons momentos com Psyduck e Geodude, mas eu ainda queria que tivéssemos a chance de ver os outros Pokémon de Misty: como será que estão Corsola, Horsea, Starmie, Luvdisc e Politoed? Será que Azurill já evoluiu? Agora, as batalhas principais foram simplesmente um espetáculo! Brock alegando ter aprendido com Ash a transformar ataques ofensivos em defensivos me parece uma referência sutil ao inesquecível Escudo de Contra-ataque e é ótimo vê-lo utilizando estratégias de campo também. Sua vitória contra Kiawe foi bastante merecida. Já Misty VS Ash conseguiu ser ainda melhor! Os animadores não tiveram medo de usar os tamanhos de Mega Steelix e Mega Gyarados para enfatizar o quão intimidadores eles podem ser e no caso do Pokémon de Misty isso foi ainda mais intensificado com a piscina, chuva e Furacão (Hurricane) servindo para torná-lo uma ameaça irrefreável! E IMAGINA PIKACHU LEVANDO UMA MASTIGADA (Crunch) DESSE BICHO???
Inicialmente eu detestei que Misty perdeu porque ela é minha favorita e eu quero vê-la vencendo sempre, mas ela lutou tão bem e Ash superou suas táticas de forma tão maravilhosa como só ele consegue fazer nos melhores episódios de Tomioka que eu simplesmente tive que me render e admitir que foi merecido. Tomara que essas batalhas épica inspirem os aluninhos de Nogueira, PELO MENOS VITÓRIA! Ia ser lindo demais saber que Misty a inspirou a ser Treinadora Pokémon poderosa. Além do mais, precisamos de Treinadores pra vindoura Liga Pokémon de Alola, né?
Nota: 5/5

SM044/ Episódio 995 - Ash & Nebby! Um Encontro Misterioso!!
Roteiro: Aya Matsui
Direção de Animação: Masaaki Iwane e Izumi Shimura
Apesar de saber que a Série Sol & Lua ainda tem sua dificuldade em conquistar especialmente os fãs das antigas e amantes da Série X & Y, Aya Matsui continua me deixando muito feliz com a maneira como ela vem adaptando a narrativa dos jogos para o anime. É maravilhoso vê-la brincando com a dinâmica de personagens como Burnet e Samina, que nem chegam a compartilhar cenas em Sun & Moon, mas aqui são transformadas em amigas. É uma novidade interessante e que torna a narrativa cheia de novas possibilidades. O grande ponto negativo, porém, é ver Lara (Wicke) perder sua força totalmente! Nos jogos, ela é uma espécie de agente duplo, atuando como uma aliada de Gladio e Lílian e ao mesmo tempo mantendo sua posição dentro da Fundação Aether, sem ser descoberta, e sendo uma das principais responsáveis por conduzir a organização em seu novo caminho uma vez que a crise em Alola é encerrada. É triste ver uma personagem tão rica virando uma boba que só fica repetindo a mesma frase toda vez. Mas esse é de verdade o único defeito que eu consigo achar nesse episódio tão bem escrito e um que nem atrapalha tanto assim porque BURNET ♥.
Nota: 5/5

SM045/ Episódio 996 - O Pânico de Nebby! O Teleporte Aconteceu de Repente!!
Roteiro: Jun'ichi Fujisaku
Direção de Animação: Takashi Shinohara
Bebês Pokémon podem ser uma bênção e uma maldição. Enquanto eles geralmente possuem aquele nível de fofura difícil de resistir, fica fácil se cansar da gritaria insuportável e as piadas típicas que vêm de Pikachu se ferrando bancando a babá podem perder a graça muito rápido. Por isso foi um alívio quando este episódio mudou seu foco para explorar um ponto muito mais interessante: a descoberta do novo poder do recém-nascido. O mais legal é que geralmente vemos Pokémon tentando dominar ataques e aqui trata-se de um movimento de efeito, o que torna a dinâmica um pouco diferente. A maioria dos ataques exige que o Pokémon treine para adquirir a força necessária para usar certo movimento, mas o que é preciso para realizar um Teleporte bem-sucedido? A ideia de que Nebby se orienta pelo pensamento das pessoas ao redor dele quando o faz pelas primeiras vezes é ótima e até me lembrou um pouco Penny de The Magicians explorando seus poderes de Viajante pelos riscos envolvidos.
Enquanto os alunos, especialmente Ash, tentam lidar com o novo poder de Cosmog, quem tira proveito da situação é a Equipe Rocket. Descobrindo a existência do misterioso Pokémon agora - o que leva a uma dedução maravilhosa de James de que o bicho seja uma pré-evolução recém-descoberta de Koffing (Petit Koffing: onde assina a petição pra Nebby ser reapelidado?) graças às suas similaridades visuais -, os antagonistas obviamente desejam por as mãos no Pokémon Nebulosa. Uma das vantagens de se ter um Pokémon poderoso como Mimikyu com o trio é que uma batalha na praia como a que vimos aqui se torna completamente possível, permitindo que um plano simples e engenhoso como usar a luz do por do sol para cegar o palletiano funcione para mérito de Jessie. No fim das contas, foi um episódio mais tradicional e menos bombástico como os que o precedeu, mas que entregou diversão (O QUE FOI O TELEPORTE FINAL DE NEBBY????) e inteligência na medida certa!
Nota: 4,5/5

Considerações finais:
  • Antes de mais nada, vamos à audiência dos episódios:
Número do episódio
Título do episódio
Audiência
Ranking Semanal
SM041
“Acelere! Charjabug”
3,5
SM042
“Um Alola em Kanto! Brock e Misty!!”
Menos de 3,9
Não entrou
SM043
Batalha de Ginásio! Movimento Z VS Mega Evolução!!”
4,5
SM044
“Ash & Nebby! Um Encontro Misterioso!!”
3,4
SM045
“O Pânico de Nebby! O Teleporte Aconteceu de Repente!!”
3,5
10º
  • Como dá pra ver, o anime teve uma ligeira queda pós-arco de Akala, com o episódio do retorno de Misty e Brock ficando fora do TOP 10 - considerando que o último lugar fez 3,9, é seguro afirmar que o episódio talvez tenha feito um número dentro da média de sempre, mas a concorrência foi mais pesada. Porém, a batalha testando os poderes de Mega Evolução contra Movimento Z mais que compensou, aumentando a audiência em 1.0 ponto inteiro! Também vale notar que o episódio de Charjabug ficou muito bem colocado no ranking de exibição de sua semana, ajudado pela rivalidade fraca. Resta ver se o restante do arco de Nebby consegue manter essa média ou se até a eleva, mas até esse momento, Pokémon Sun & Moon apresentou uma consistência que só confirma que aqueles acompanhando a série consistentemente pelo menos estavam curtindo o bastante pra ligar a TV toda semana;
  • Vocês repararam que o carrinho do Charjabug Shiny tinha o mesmo formato da forma de voo do Genesect vermelho de Pokémon - O Filme: Genesect e a Lenda Revelada?
  • Além disso, segundo a Bulbapedia, este episódio tem um bocado de referências a outras séries japonesas. A começar pelo chifre no topo da cabeça de Hayate, o Charjabug vermelho, e o fato do time dele ser chamado Cometa Vermelho, que remetem ao Red Zaku II de Gundam. Já o título japonês do episódio é uma referência a Dash! Yonkuro. Outra referência à mesma série é feita nas caras que Ash, Kiawe e Chris exibem no momento em que Charjabug atravessa a linha de chegada, cada representando um protagonista diferente da série. Além disso, os disfarces que Jessie e James usam neste episódio fazem referência a Let's & Go!!, cujo anime teve uma passagem breve na tevê brasileira via SBT. Por fim, a engenhoca que Kiawe está vestindo na cena de preparação do Charjabug para a corrida é uma homenagem à série Kyojin no Hoshi, em que o protagonista usa algo similar para fortalecer seus braços;
  • Eu gosto muito de pensar que a ideia dos Pokémon obstáculos da Corrida Charjabug veio dos Pokémon Totem;
  • Adoro ver itens dos jogos aparecendo no anime, então foi ótimo ver os Óculos de Proteção (Safety Goggles) em ação;
  • Eu não tenho palavras para descrever este momento:
  • Apesar de ter achado a razão da Equipe Rocket voltar para Kanto um mero artifício de roteiro para ter os vilões lá por nostalgia, eu gosto que a trama é pelo reforçada no SM045, dando a ela um pouco mais de substância. Além do mais, ver Bewear surgindo pegando carona no avião para levá-los embora NUM FOGUETE foi simplesmente magnífico!
  • Como eu amo Rapidash, a cena do Kiawe disputando corrida com um foi um presente! Além de ser uma referência óbvia e linda à primeira abertura da série;
  • De todos os reencontros de Ash com Pokémon, dificilmente algum vai superar o dele com Bulbasaur!
  • A essa altura vocês já devem saber que o biquíni azul que Misty aparece usando no SM042 é uma referência ao seu sprite nos jogos originais da série. Além disso, as Brock e Misty replicam as poses dos seus sprites em Pokémon Red & Blue Versions para realizar as Mega Evoluções;
  • Quando Vitória diz que quer ver Horsea e Seadra no SM042, o Horsea mostrado tem duas barbatanas, o que pode ser uma referência à artwork oficial original do Pokémon na I Geração - ou só um erro de animação hihihi
  • A versão japonesa da abertura do SM042 usa vozes de Misty, Brock, Professor Carvalho e Pikachu, assim como a versão original de Mezase Pokémon Master fazia;
  • A aparição de Mew no final do SM042 marcou a primeira vez que o Pokémon Mítico deu as caras num episódio regular da série. Se Mew pode demorar 20 anos, será que ainda há esperança para Porygon2 e Porygon-Z! Aliás, Mew perambulando de boas na Cidade de Pallet me lembra muito o mangá Pokémon: Red Green Blue;
  • Eu devo dizer que AMEI a mudança na transformação da Mega Evolução que tornou desnecessário o uso de um objeto para segurar as Mega Pedras e elas simplesmente aparecem na hora da transformação. É beeeem melhor assim e fica alinhando com os Cristais Z, que também não ficam equipados no Pokémon no anime;
  • De todos os retornos no SM042, o mais inesperado e que pareceu mais justo foi o de Jigglypuff. Nunca entendi porque decidiram deixar o Pokémon esquecido lá em "A Gincana Maluca", mais de 670 episódios atrás, especialmente quando ainda se deram o trabalho de criar um Marill sem graça pra fazer a exata mesma coisa nos curtas-metragens ANA. Mas agora o rosadinho artista enfezado Lana del Rey de todos está de volta! E aliás, que lugar era aquele em que ele estava enfiado no SM045? Não me pareceu familiar…
  • DELIA OFERECENDO PARA KIAWE CONHECER O QUARTO DE ASH!!! Já escolheu o genro, claramente, e eu aprovo;
  • Adorei demais que o anime usou as cenas pós-créditos para nos atualizar sobre os irmãos de Misty e Brock: Forrest reizinho ainda mandando no Ginásio de Pewter! Ainda assim, ninguém arrumou um tempinho pro Tracey, tadinho…
  • No anime, os alunos da Escola Pokémon ganharam réplicas das Insígnias de Rocha e Cascata. Isso talvez seja uma referência ao Ginásio de Kanto presente em Pokémon Ultra Sun & Ultra Moon, na qual o jogador recebe uma Insígnia do Surge, que é inspirada na Insígnia do Trovão. Nem preciso dizer mil vezes que preferia uma Insígnia da Misty, ou do Blaine, ou da Erika!
  • Após ver a batalha de Ash contra Misty, Vitória declara que quer se tornar uma "sereia moleca", em referência ao título da Líder de Ginásio de Cerulean nos jogos: The tomboyish mermaid. Depois, ao pegar a Insígnia da Cascata, ela diz que a cor de Cerulean, cerúleo, é um tom de aqua, cercada por uma aura azul e misteriosa. Nos jogos, da I e III Gerações, essa é a descrição encontrada na placa de Cerulean: A mysterious, blue aura surrounds it;
  • Tão fofo ver Brock medicando ♥
  • Adoro que o bonequinho de argila de Ash representando Pikachu parece mais um… Mimikyu!
  • E o icônico diário de Lílian fez sua estreia!
  • A tática que Jessie usa para cegar Ash com o por do sol na verdade tem inspiração numa batalha entre Miyamoto Musashi e Sakaki Kojiro, os espadachins que inspiraram os nomes japoneses de Jessie e James! Na história, Miyamoto usa o por do sol para cegar Sakaki e golpeá-lo com sua bokken;
  • Agora é isso, desculpem se esqueci alguma coisa, FUI AMO VOCÊS

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