domingo, 27 de agosto de 2017

Sir Charithoughts: Sun & Moon 021-025

O Peso da Perda
A história do homem na Terra está atrelada à sua percepção da transição entre as estações do ano. Elas demarcavam sua colheita, suas crenças e até estratégias de sobrevivência. A elas também foram atribuídos simbolismos que se eternizaram de forma universal, como a ideia de romance, fertilidade e vida que ligamos à primavera. Por séculos, a transmissão desses simbolismos foi passada pelas histórias, mitos e lendas. Hoje em dia, são as produções audiovisuais que funcionam como as grandes contadoras de história da atualidade. De fato, a simbologia ligada às estações do ano, às flores, às arvores e sua relação com a vida estão tão enraizadas no consciente coletivo que a imagem sublime de uma folha caindo de uma árvore quase seca no SM021 representa algo claro: estamos diante de uma morte.
Desde Charmander, todos os Pokémon de Fogo de Ash tiveram uma superação em comum a fazer: a dos abusos provocados por Treinadores arrogantes. Até Cyndaquil, que não chegou a pertencer a ninguém abusivo, quase foi tomado à força de Ash por um. Portanto, nada mais natural que Litten também tivesse sua própria superação para fazer, mas estamos falando de Pokémon: A Série Sol & Lua, aquela que não se contenta em repetir fórmulas, então nada mais justo que dar a Litten sua própria superação a fazer: a perda.
Atsuhiro Tomioka adora contar histórias de Pokémon. Não à toa, seu episódio de estreia para a série, "Ash Pega um Pokémon", é todo focado em Caterpie. Vemos sua vontade de agradar Misty tanto quanto a seu próprio Treinador, descobrimos seu sonho de evoluir para Butterfree, nos comovemos com seu maravilhoso esforço em enfrentar a Equipe Rocket, mesmo já estando enfraquecido do confronto com Pidgeotto momentos antes. Em 20 minutos, Tomioka deu a um personagem que só falava através de grunhidos motivação, carisma e personalidade. Tudo de uma forma tão fofa e cativante que fez daquele não só o primeiro episódio de captura do anime, mas um dos melhores já realizados até hoje - e é uma pena que Caterpie tenha perdido tudo aquilo no momento em que evoluiu.
Tendo também sido o responsável pelas tramas mais elaboradas de Pokémon como Chimchar e Froakie, é apenas natural que o roteirista também tenha ficado encarregado da trama de Litten. Em três apenas episódios, Tomioka conseguiu apresentar e consolidar a relação entre o Inicial de Fogo e Stoutland e as bases para estabelecer os acontecimentos deste fatídico momento. O superprotecionismo que o felino tinha em relação ao cão não era apenas a típica atitude desconfiada de um Litten qualquer, mas reflexo da preocupação com a saúde fragilizada do Pokémon de idade avançada. A tentativa sutil que Stoutland fizera no SM016 de aproximar Litten de Ash nada mais era do que sua ciência de que ele não ia ficar mais por muito tempo ao lado do Pokémon Gato de Fogo e precisava garantir que ele tivesse alguém cuidando dele, assim como os treinamentos que ele realizada com Litten visavam fortalecer o pequeno Pokémon o máximo possível para que ele pudesse se cuidar sozinho. Tudo era um prenúncio dos eventos deste episódio que ocorrem da forma mais natural e chocante o possíveis, principalmente porque marcou a primeira vez que o anime lidou com a morte de forma tão trágica e definitiva.
Morte é um tabu em séries animadas. A maioria dos adultos vive querendo proteger crianças da realidade da perda porque acreditam que elas não estejam prontas para encarrá-la (quando na verdade são eles próprios que não estão prontos). Ainda assim, o assunto já foi tocado em Pokémon algumas vezes, principalmente nos filmes, que geralmente apostam em tramas mais sérias e sombrias. Já testemunhamos Ash e Pikachu morrerem algumas vezes (além de Pokémon - O Filme, lembram quando eles foram atingidos por um lustre e tiveram suas almas removidas de seus corpos por Pokémon Fantasmas em "A Torre do Terror"?), ao lado outros Pokémon astros de filme como Latios em Heróis Pokémon e Lucario em Pokémon: Lucario e o Mistério de Mew. Porém, essas mortes ou eram temporárias ou focavam no heroísmo e glória obtidos pelo gesto e não na perda em si.
Em quase duas décadas de anime, a primeira vez que o anime ofereceu uma visão mais próxima da realidade sobre a morte natural ocorreu em "Buscando Abrigo da Tempestade!" de Pokémon: A Série XY. Ainda assim, o episódio não permitia ao telespectador muito envolvimento emocional. Não conhecíamos a vovó Lacy e Espurr antes daquele episódio e o tempo dedicado a esse desfecho emocional é bastante curto. Em "É Hora do Litten Partir!", a realidade é completamente diferente.
Ainda que o episódio evite a todo custo usar as palavras com M, somos expostos a todo o sofrimento e angústia sofridos por Litten: vemos seu desespero ao ir buscar Ash quando Stoutland não consegue se levantar sozinho, sua angústia e preocupação por Stoutland no Centro Pokémon, seu desejo de agradá-lo e estar com ele até o fim e então sua passagem pelos estados do luto de negação (quando ele começa a procurar por Stoutland pela ilha) e depressão (quando o sofá quebra, a última folha da árvore cai e ele entende que Stoutland morreu).
É particularmente devastador ouvir o choro de Litten - performado com maestria por Chinami Nishimura (que também dublara o Pachirisu de Dawn) - para a árvore seca quando começa a chover. A composição formada pela trilha sonora (o tema de Snowbelle City se consolidando como uma das músicas mais marcantes do anime) e a sequência de imagens que se segue é incrível: o plano sequência que vai do Litten chorando na chuva, passando pelo túnel, para Ash e Nogueira segurando os guarda-chuvas completamente na escuridão é simplesmente linda e de tocar o coração! Um trabalho impecável dos diretores de animação Masaaki Iwane e Izumi Shimura.
O episódio também é perfeito na forma como mostra os personagens ao redor buscando oferecer Litten algum conforto. Eu particularmente nunca sei o que dizer ou como reagir diante dessas situações, mas Tomioka nos mostra de forma muito simples que às vezes não precisamos dizer nada. Nogueira e Ash apenas ficam parados diante do sofrimento de Litten, não indiferentes, mas respeitando o espaço que o Pokémon precisa. Nem mesmo Bewear questiona o abatimento de Meowth: apenas o abraça. O mais importante nesses momentos é mostrar que as pessoas podem contar com a gente, mas respeitando o espaço que elas possam precisar. Tanto Ash quanto Meowth visitam Litten e em momento algum tentam minimizar sua dor - como tantos de nós erroneamente fazemos -, eles só deixam Litten saber que pode contar com eles.
Aliás, o quão maravilhosa é a participação de Meowth nesse episódio! O felino da Equipe Rocket tem sido consistentemente um dos personagens mais empáticos da série animada desde o princípio. O charme do trio Jessie, James e Meowth foi sempre a complexidade de personalidade que os envolve para além do clichê da vilania: eles são gananciosos e criminosos, mas são sensíveis, superaram passados tristes, tiveram o coração partido e possuem sonhos que envolvem liberdade e romance. Meowth, em particular, sempre se mostrou sensível às dores de outros Pokémon. Não é à toa que é dele uma das citações mais memoráveis de Pokémon - O Filme. Também é inesquecível a curta, mas poderosa conversa que ele tivera com Chimchar em "Lágrimas de Chimchar!".
No SM016, Meowth havia demonstrado interesse em Litten pela forma como ele se sacrificava pelos outros e já o convidara para a Equipe Rocket. Após a morte de Stoutland, o convite é renovado e chega a ser triste ver o quanto Meowth quer ser amigo de Litten, mas as realidades tão diferentes de cada um não torna isso possível. Ainda assim, é ao som da balada do Meowth que o pequeno felino passa pelo seu processo de aceitação. 
A cena da folha que sobrara sendo levada pelo vento me lembra a cena em que Carl Fredericksen tem deixar sua casa para trás em Up - Altas Aventuras: assim como a casa de Carl, a folha de Litten era o último resquício físico da presença de Stoutland que havia ficado para trás, ao qual o gatinho se apegou. Perdê-la é quase encerar a morte pela segunda vez, mas necessário no processo de aceitação. É quando Litten pode finalmente entender que apesar de não ter mais Stoutland consigo, ele ainda pode seguir adiante com sua vida, na realização de que não precisamos nos apegar a coisas materiais que nos remetem às pessoas que perdemos para carregá-las conosco. E se tem uma coisa que Pokémon tem nos ensinado todos esses anos é que o começo de uma jornada pode muito bem ser o começo de outra.

Cheios de graça
Os primeiros episódios de uma nova saga costumam ser os melhores que ela tem a oferecer. É como se o novo início injetasse um frescor criativo aos roteiristas. Obviamente o lançamento dos jogos facilita: existem novos Pokémon para explorar, novos personagens para apresentar e com eles novas histórias pra contar. No caso de Sol & Lua, a sensação de frescor consegue ser ainda maior pelo contexto completamente inusitado de ter Ash num endereço fixo e tantos novos personagens coadjuvantes, o que tem nos oferecido tantos cenários diferentes e interessantes. Isso tudo somado à renovação no time de roteiristas que ocorreu.
A leva de episódios que se seguiu ao SM021 é inteiramente composta de episódios com ideias frescas e divertidas. É até frustrante que muitos dos fãs não estejam gostando da abordagem adotada porque é ótimo ver os roteiristas explorarem esse novo campo de possibilidades que se abriu para eles. O mais bacana é também ver como em momento algum eles cedem sob o peso de ter seis novos personagens regulares novos. Todos conseguem ganhar seu momento, seja de humor ou de seriedade, contribuindo para construção narrativa da série como um todo.
Outra coisa boa é como as narrativas têm sido costuradas com detalhes de continuidade simples que vão passando de um episódio para o outro. Um exemplo são as atualizações da Pokédex que acontecem em um determinado episódio e depois se tornam úteis em outros. Nós vimos antes a câmera sendo utilizada diversas vezes após sua aquisição e agora a incorporação da amostragem de sinal sendo usada por Ash no episódio seguinte para trapacear na sua apresentação do dia de visitação para impressionar sua mãe.

Mamãe Ketchum
Foi caçando gifs de Delia para um dos meus primeiros charithoughts de Sun & Moon que eu me deparei com o spoiler do retorno da mãe de Ash e desde então tem sido algo pelo qual eu ansiava. A razão disso é que eu sempre amei a personagem: ela sempre carregou uma leveza e certa ingenuidade que nunca impediram que ele fosse rígida ou ativa quando precisava ser. Sem contar seu lado amoroso e dedicado da mãe que sente saudades do filho, mas torce por ele, acompanha seu progresso e compreende suas longas ausências. Sempre partiu meu coração ver como apesar de estar em constante contato com o Professor Carvalho, Ash constantemente negligenciava sua própria mãe. Para piorar, à medida que ele ia para cada vez mais longe de Kanto, a já pouca presença que ela tinha na vida dele apenas diminuía.
Talvez seja consequência do fato de agora termos três mulheres escrevendo Pokémon, mas é ótimo que Delia já tenha feito seu primeiro (porque é claro que eu espero que hajam outros) retorno a Alola. Akemi Omode é uma roteirista que gosta de captar a sensibilidade feminina e ela utiliza isso para dar um enfoque especial à Delia e resgatar facetas de sua personalidade que não víamos desde a série original: sua facilidade para lidar com Pokémon, sua capacidade de batalhar, sua coragem de se levantar contra os vilões, sua preocupação com o bem-estar e comportamento de seu filho - elementos que a própria Lílian ressalta no episódio como sendo traços que Delia partilha com seu filho - e até seu jeitinho com jardinagem. Eu amei cada minuto de "Alola! O Primeiro Dia de Visitação!!" e espero que nossos queridos roteiristas não se contenham em trazer mais a mamãe Ketchum de volta.


Gangue Anti-escola
Como eu disse na análise narrativa de Sun & Moon, a Equipe Skull é uma gangue de jovens fracassados, incapazes de vencer o desafio da ilha e sem perspectiva de futuro. Portanto fica a pergunta: como a gangue pode funcionar no contexto do anime que eliminou todo esse aspecto do rito de passagem e validação social que o desafio da ilha representa? Mais intrigante ainda: os roteiristas optaram por apresentar a Equipe Skull logo cedo no anime, em oposição às aparições bastante tardias das três equipes vilãs anteriores - sendo que as Equipes Plasma e Flare só foram aparecer em seus respectivos arcos, em finais de sagas.
Tupp, Zipp e Rapp fizeram quatro aparições nesses primeiros 25 episódios e em todas elas eles reafirmaram sua postura de jovens fracassados. Como os próprios jogos usam a Equipe Skull como um artifício de humor (afinal, a Fundação Aether acaba se revelando a grande organização perigosa da história), algo com o qual o anime pode trabalhar sem problemas, não fica difícil entender porque eles não fizeram questão de esperar pra explorar os arruaceiros. Nessas quatro aparições, porém, pouca coisa nos foi revelada sobre eles. Assim como a Equipe Skull dos jogos despreza o desafio da ilha, a gangue no anime parece detestar a própria Escola Pokémon - haja visto suas constantes tentativas de atrapalhar a tranquilidade do local - e se opõe fortemente aos Movimento Z, mas este ódio parece ser muito mais fruto da inveja do fato de eles não serem capazes de usarem os ataques de poder máximo. Afinal de contas, eles queriam o Sombrinium Z no SM025.
Talvez o segredo da frustração deles esteja no fato de nenhum deles ainda possuir uma Pulseira Z. O anime estabeleceu bem cedo que o cobiçado objeto é um item de reconhecimento. Talvez a frustração dos Skull venha justamente da falta dessa bonificação. Infelizmente, falta a Tupp, Zipp e Rapp a mesma elegância, carisma e elemento humano que tornam Jessie, James e Meowth tão especiais. Ao menos a interação entre os trios foi interessante de acompanhar, sendo bastante divertido ver suas tentativas de se sabotarem. Enquanto eles ainda não conseguem se validar enquanto personagens por conta própria, seu papel pode acabar crescendo à medida que o anime vai delineando qual a verdadeira função da Equipe Skull dentro de sua narrativa. Podemos esperar ver Guzma ou Pluméria? São questões que só o futuro pode responder.

Avaliações individuais:
SM021/ Episódio 965 - É Hora do Litten Partir!
Roteiro: Atsuhiro Tomioka
Direção de Animação: Masaaki Iwane e Izumi Shimura
Com todo respeito aos demais roteiristas e animadores da série, Tomioka e Iwane são o melhor que Pokémon tem a oferecer e toda vez que eles se juntam o resultado não é apenas um espetáculo narrativo, mas também visual. A captura de Litten não só rendeu um dos episódios mais lindos de toda a série como ainda fez homenagem às capturas de Charmander e Chimchar, os dois melhores Pokémon de Fogo do Ash, aos quais espero que Litten faça jus. #VemIncineroar
Nota: 5/5



SM022/ Episódio 966 - Cuidado com as Pás!!!
Roteiro: Atsuhiro Tomioka
Direção de Animação: Tomoaki Kado e Yuko Watanabe
Se tem uma coisa que Pokémon Fantasmas não podem reclamar é de possuírem alguns dos episódios mais legais! É como se sua natureza naturalmente extraordinária permitisse aos roteiristas brincar com seus conceitos sem medo algum. Nunca fui fã dos Pokémon castelinhos de areia, mas ver a forma assustadora como Palossand aparece neste episódio certamente serviu para me fazer olhar para ele e Sandygast com um cadinho mais de respeito. E o gancho de Taubaté me enganou! Fiquei esperando a sequência e fuen. Mas considerando que Ash está residindo em Melemele nada impede que Palossand faça uma visitinha no futuro.
Nota: 2,5/5 

SM023/ Episódio 967 - Isso é Bem Chocante! Uma Separação de Dugtrio!?
Roteiro: Ayumi Sekine
Direção de Animação: Yuki Naoi e Kunihiko Natsume
Você já se perguntou como os roteiristas decidem que novos Pokémon explorar e como explorá-los? Nos jogos, é dito que o Dugtrio de Alola é referenciado como a encarnação de deusas da terra. Se retratar divindades ainda é um certo tabu no anime, nada mais natural que trocar pelo que equivalente mais próximo na modernidade: divas pop (ou seriam j-pop?)! E enquanto eu sei que muita gente deve ter olhado com desdém para todo o conceito desse episódio e seu conflito até raso, eu vou te contar que ele me rendeu algumas das risadas mais gostosas que eu já dei com esse anime! Em grande parte isso se deve à forma maravilhosa como Kiawe se torna um grande fã de Dug-Leo, chorando de emoção após o show, elegendo a peruca de Ashley como sua segunda posse mais preciosa (atrás apenas de sua Pulseira Z) e todo envergonhado diante do DJ Leo e sua estrela. Eu também amo o ridículo do Rotom, que decide aproveitar o momento para usar sua peruca do Detetive de Alola Laki! De bônus, ainda conseguimos não só rever a irmãzinha do Kiawe, Mimo, mas também as irmãzinhas de Vitória dançando com ela no pós-créditos. E o que dizer desse título de episódio engana-trouxa? Comecei a assistir CRENTE que ia ver Dugtrio literalmente se separando em três partes - afinal se já vimos com Magneton, por que não o ~trio~trio?
Nota: 3/5

SM024/ Episódio 968 - Alola! O Primeiro Dia de Visitação!!
Roteiro: Akemi Omode
Direção de Animação: Yuichiro Fujimoto e Masaya Onishi
Lembram quando eu falei como Pokémon: A Série Sol & Lua nos permitiria saborear um gosto de rotina que o anime quase nunca nos dava? Esse é um desses episódios. É bacana ver que apesar de decidir situar a narrativa principal dentro de uma escola, os roteiristas não tenham se esquecido que Ash nunca se deu bem com escola em si. Mais legal ainda é ver que ele foi cercado de pessoas que querem ajudá-lo a atenuar suas dificuldades. Obviamente que fazer uma apresentação formal para uma plateia que inclui SUA MÃE é certamente uma grande pressão e eu amo como Omode nos mostra toda a dificuldade do Treinador e seus medos de falhar. Novamente, a Pokédex Rotom rouba a cena com seu plano nada ético - e ENORME desejo de se exibir - e me fez rir ALTO (literalmente) quando ele decide citar o Diretor Carvalho e usa uma amostragem da voz do diretor sem a menor ideia do quão indiscreto isso seria. É adorável, porém, ver como o Professor Nogueira consegue contornar a situação para deixar Ash mais confortável  e ver todo o apoio moral que ele ganha de seus colegas de sala e também dos pais dele. Igualmente adorável é ver a expressão de orgulho e compreensão de Delia por entender que seu filho está fora de seu elemento, mas fazendo seu melhor. O discurso que Ash dá sobre suas experiências em Alola lembram um pouco sua experiência na Ilha do Tesouro com Pikachu, mas a cena é entregue de forma cativante o bastante para evitar que seja só um repeteco. A interação entre Litten e Delia é outro ponto alto e se o gatinho não quiser ficar no Laboratório Carvalho, ele já tem um cantinho próprio na residência Ketchum.
Nota: 5/5

SM025/ Episódio 969 - A Luta pelo Cristal! Equipe Rocket VS Equipe Skull!!
Roteiro: Atsuhiro Tomioka
Direção de Animação: Takashi Shinohara
Quando o anime optou por usar Totem Gumshoos na Grande Prova de Ash eu não fiquei surpreso, afinal era melhor explorar o novo Pokémon do que um outro que já conhecemos, mas tem uma nova forma. Porém, eu fiquei muito surpreso e feliz que eles não esqueceram o Totem Raticate no churrasco. Apesar de ficar implícito nos jogos que qualquer Pokémon que tenha entrado em contato com a energia das Ultra Bestas se torna um Totem, os únicos com quem entramos em contato durante a campanha principal são aqueles das provas que servem à trama. Ao trazer Totem Raticate como um Pokémon que não está ligado a uma prova específica, Tomioka se aproxima mais do conceito original das criaturas, ao mesmo tempo em que nos dá uma aula completa sobre os Cristais Z através da aula completa do Professor Nogueira - com direito aos personagens que são Capitães nos jogos fazendo as suas respectivas dancinhas. Aliás, é ótimo que de certa forma, a Equipe Rocket tenha superado sua própria prova. Ao vencer Totem Raticate e obter o Sombrinium Z, os vilões acabaram se provando dignos de serem usuários de Movimento Z. Agora só falta a Pulseira Z e uma aulinha com o Professor Nogueira para entender exatamente como tudo funciona.

Nota: 5/5

Considerações finais:
  • Como de costume, abaixo segue a tabela com a audiência dos episódios semanais:
Número do Episódio Sun & Moon
Título do Episódio
Audiência
Colocação semanal
021
“É Hora do Litten Partir!”
4,2
022
“Cuidado com as Pás!!!”
3,6
10º
023
“Isso é Bem Chocante! Uma Separação de Dugtrio!?”
3,8
024
“Alola! O Primeiro Dia de Visitação!!”
3,8
025
“A Luta pelo Cristal! Equipe Rocket VS Equipe Skull!!”
Abaixo de 3,0
Não entrou
  • O anime conseguiu manter sua média mesmo durante os episódios menos chamativos, mas fiquei surpreso de ver que o público japonês aparentemente não achou o confronto entre Rockets e Skulls cativante o bastante;
  • Antes de mais nada, se você veio aqui por link direto pode ter perdid
  • Também gostaria de falar brevemente sobre Pokémon - O Filme: Eu Escolho Você!. O filme estreou no Japão no último dia 6 de julho no Japan Expo na França e chegou aos cinemas japoneses no dia 15. Polêmicas à parte, o filme que resgata o começo da jornada de Ash e Pikachu de uma forma diferente do representado nos primeiros episódios da série conseguiu arrecadar, até o momento, mais de 2,6 bilhões de ienes, superando já a bilheteria total de Pokémon - O Filme: Volcanion e a Maravilha Mecânica. Essa é a primeira vez que vemos um aumento na arrecadação de um filme Pokémon desde Pokémon - O Filme: Branco - Victini e Zekrom e Pokémon - O Filme: Preto - Victini e Reshiram - que foram lançados juntos nos cinemas japoneses -, provando que nostalgia nunca sai de moda com os fãs de Pokémon. Já foi confirmado que Eu Escolho Você! será lançado em cinemas selecionados ao redor do mundo. Resta só saber se o Brasil finalmente verá um novo lançamento cinematográfico dos monstros de bolso desde Pokémon 4 - Viajantes do Tempo em 2005;
  • Tô adorando ver a senhorinha do mercado como personagem recorrente ligada ao Litten. Já pensou se os roteiristas estão guardando ela para uma segunda morte? Não sei se meu coração aguenta…
  • Olha, eu até gosto do efeito que vem sendo usado nos ataques de mordida para deixá-los mais impressionantes, mas DETESTO quando animam os movimentos como se pudesse ser executados à distância! A cena dos Raticate de Alola atacando os vilões que estavam subindo o pilar de pedra com Mordida de longe me deu muita agonia!
  • Interessante o Professor Nogueira dizer que é incomum Pokémon selvagens de diferentes tipos praticarem movimentos juntos;
  • Acho muito poético que Litten apareça logo após a Equipe Rocket recitar seu lema, especialmente pelo trecho dito por Jessie: "O rosto de uma flor e a cintura de um salgueiro, que faz a lua se envergonhar e as flores murcharem. Uma flor solitária do mal florescendo neste mundo efêmero". A efemeridade do mundo e murchamento são dois elementos que permeiam as cenas seguintes;
  • É tão PERFEITO Litten ouvindo a barriga de Ash roncar e ir correndo pegar uma fruta para dar pra ele;
  • Sim, eu chorei/quase chorei em todas as vezes que eu vi e revi o SM021 pra fazer e revisar este texto;
  • Gente, Cutiefly ganhando descrição da Pokédex PÓS-CRÉDITOS! Isso deve ter sido uma primeira vez para o anime;
  • Rockruff é daqueles que não guenta ficar parado né! Aproveita o treinamento de Ash com Litten pra ficar sacudindo o esqueleto;
  • Eu ri forte com Ash enfiando o Pokédex Rotom na cabeça do Sandygast e mais ainda com o Rotom recitando a frase do Detetive Laki pra resistir à Neve em Pó do Vulpix;
  • É maravilhoso ver os colegas de Ash trabalhando juntos para salvá-lo do Palossand. Em especial a participação do Vulpix de Lílian tentando (e conseguindo) imobilizar o distraído Palossand é ótima porque não só mostra as limitações do Pokémon como também expõe seu potencial e eu adoro ver o sofrimento de Popplio e Pikachu tendo as bolhas estouradas uma atrás da outra por Pokémon selvagens diversos;
  • Litten chutando Rockruff pra ser pego pelo Palossand: típica rusga de gato e rato ou sacrifício?
  • Eu comecei assistir Star Trek - A Nova Geração tem umas semanas e é impossível agora ver o Pokédex Rotom e não comparar com o Data: ambos são seres sencientes não-humanos com grande conhecimento e que demonstram isso de forma bastante orgulhosa e cuja fonte de humor jaz em suas dificuldades em compreender e/ou emular comportamento humano. É engraçadíssimo, por exemplo, ver a falta de tato de Rotom quando diz que Ash tem 90% de chance de falhar em sua apresentação e sua sugestão de trapaça ser dada sem a menor consciência de que isso seria um ato ilícito;
  • É claro que Ash é o primeiro a aceitar a ideia de vestir uma peruca loira para o show de Dug-Leo ♥ Ashley 4Ever
  • Adoro que entre as perucas que a Equipe Rocket tenta equivocadamente vender no show do Dugleo, tenha uma que lembre o cabelo da May com a fita de Pokémon: Lucario e o Mistério de Mew e uma do Brock;
  • Coisas para se preocupar quando seu Dugtrio não fica dentro da Pokébola: nada de piso.
  • Acho tão fofinho Ash brincando de ter envelhecido lendo o textão que o Pokédex Rotom queria que ele lesse para fazer sua redação sobre os Pokémon de Kanto e suas Formas de Alola;
  • Também adoro Delia dando apelidinhos para os Pokémon de Ash e Rockruff sendo o único educado o suficiente para cumprimentá-la educadamente - embora Litten tenha tentado, convenhamos;
  • Olha que detalhe de continuidade bacana: durante sua apresentação sobre as formas de Alola e suas diferenças em relação a suas contrapartes de Kanto, Ash menciona que alguns possuem "bigodes de diferentes formatos", fazendo uma referência indireta aos bigodes de Dugtrio de Alola. Apesar de o texto ter sido redigido pelo Pokédex Rotom, vale lembrar que Ash havia ficado bastante impressionado sobre os cabelos serem na verdade bigodes no SM023;
  • E já queremos Movimento Z exclusivo para o Meowth sim ou com certeza?
  • A vida doméstica está claramente deixando Mimey folgado;
  • Apesar de nos jogos Sun & Moon a Máquina de Prospecção ter sido substituída pelo olfato aguçado da Poké Carona Stoutland, o anime ainda não esqueceu o velho item de James para caçar tesouros;
  • Adorei Rotom falando os respectivos Tipos de todos os Cristais Z conforme o encerramento;
  • Tivemos várias ceninhas com as poses dos Movimentos Z nos SM024 e SM025. No primeiro, foi Delia querendo soltar seu próprio poder máximo com o pobre coitado do Litten…
  • …e no SM025 foi a vez dos colegas de sala de Ash que são capitães nos jogos fazerem suas respectivas poses.
  • E teve Ash inventando moda
  • Eu honestamente não sei de quem eu tenho mais medo em A Série Sol & Lua: Mimikyu que derruba Totem sozinho ou se Bewear que AFUGENTA TOTEM SÓ DE APARECER! Será que um dia os roteiristas vão se aprofundar no passado desse ursão tão perigoso?
  • E, afinal, o que aconteceu com as motos da Equipe Skull?

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