sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon - Episódio 275

NOS SIR CHARITHOUGHTS ANTERIORES...
Eu lancei um desafio. O leitor Cláudio venceu e pôde escolher qualquer episódio de Pokémon para ganhar um Sir Charithought especial. O escolhido foi "A Gente Se Vê Depois!". Demorou, mas aí está: meu primeiro texto avaliando um episódio da série clássica é justamente o final. Ironias à parte, espero que gostem =D

275 – A Gente Se Vê Depois!


Desde que Butterfree voou em direção ao horizonte batendo suas asinhas em nome do amor, os roteiristas de Pokémon fizeram questão de ensinar aos seus jovens telespectadores a desapegar e dizer adeus, especialmente na série original. E os bastardos eram bons nisso! Eles conseguiam pegar Pokémon com os quais não nos importávamos muito, como Primeape, e em menos de 20 minutos nos fazer nos apegarmos ao bichinho para, em seguida, deixá-lo numa rodovia da vida e nos fazer lamentarmos a vida toda que ele nunca foi buscado como prometido. Ou até mesmo nos apresentar um Pokémon, nos excitar com a possibilidade de sua captura para, logo depois, tirá-lo de nós (Swablu T-T) e deixar os olhos cheios de lágrimas. Ao longo da jornada de Ash por Kanto, Ilhas Laranja e Johto acompanhamos o Treinador se despedir de muitos Pokémon, alguns deles nossos favoritos (Charizard :'( ), mas enquanto as despedidas dos Pokémon são episódios feitos com excelência para arrancar lágrimas de marmanjos, as despedidas de personagens humanos sempre careceram de algo mais especial.


Brock e Tracey foram os primeiros a deixarem a companhia de Ash e Pikachu, mas Brock retornou em menos de um ano e Tracey era legal, mas não havia nada tão especial nele que nos fazia querer ele ali por mais tempo. Misty sem dúvida foi a primeira despedida realmente significativa de um personagem humano na série. E ela também é minha personagem favorita do anime até hoje. Seja pela sua personalidade explosiva, especialmente nos primeiros episódios, ou sua falta de beleza convencional, diferente das típicas menininhas principais de desenhos em geral, ou seu desprezo pelos Pokémon Insetos, ou a dublagem excepcional de Márcia Regina (hoje diretora de dublagem do anime) – não é à toa que minha Sailor preferida, a Netuno, seja justamente aquela dublada pela Márcia muito sensualmente =P –, ou talvez tudo isso junto. O fato é que Misty sempre me cativou muito. Ela não tinha Torneios (Contests) nos quais competir nem chegou a ter muito destaque em termos de batalha – isso só foi mudar um pouco em Johto –, mas eu realmente adorava quando o anime decidia deixar Ash um pouquinho de lado e focar nela. Eu também adorava sua amizade com Pikachu, seus Pokémon (Staryu, Corsola, Poliwhirl, Togepi *-*) e a relação conturbada com suas irmãs.

Por isso foi com grande choque e tristeza que li que Misty deixaria o anime numa Pokémon Club Evolution – para os noobs: essa foi uma das únicas revistas oficiais da franquia com publicações periódicas no mundo, que circulou no Brasil entre os anos de 1999 e 2003, com 87 edições publicadas pela Conrad Editora. A revista falava pouco da despedida dela, dando mais foco à empolgante chegada da série Advanced Generation no Japão. Por não possuir tevê a cabo e Pokémon estar fora da tevê aberta por uns tempos, eu só tive oportunidade de finalmente assistir a esse episódio quando ele foi exibido na Rede Globo pela primeira vez. A experiência foi estranha porque era uma despedida… e era triste… e eu havia esperado por esse momento por anos mas eu não estava tão triste nem comovido. Havia algo errado. Eu estava decepcionado.

A grande verdade é que “A Gente Se Vê Depois!” é um episódio importantíssimo, mas com um roteiro simplesmente ruim, assinado por Hideki Sonoda. Embora bastante ativo no anime durante a série original, ele passou a roteirizar cada vez menos episódios da série durante a fase Advanced Generation para se dedicar aos filmes, os quais ele roteiriza desde “Celebi, a Voz da Floresta” de Pokémon 4 – Viajantes do Tempo. Embora ele já tivesse escrito despedidas bacanas antes (as de Primeape e Lapras, por exemplo) e episódios com carga emocional grande (a luta final entre Ash e Ritchie na Liga de Índigo), ele perde a mão feio em “A Gente Se Vê Depois”. E a provável razão para isso é que em vez de fazerem um episódio focado na despedida, eles também quiseram fazer deste um episódio de transição da Liga Johto para a Saga em Hoenn, algo que o título japonês já entregava: “Adeus… E Então, Partindo Numa Jornada!”. Uma péssima ideia.

Em “A Gente Se Vê Depois!”, Misty descobre que deve retornar à Cidade de Cerulean para cuidar do Ginásio na ausência de suas irmãs e recupera sua antiga bicicleta, Brock revela que também precisa voltar pra casa, Ash regressa a Pallet, revê sua mãe, reencontra Gary, despede-se dele e lhe entrega a outra metade da Pokébola de sua infância, vê Ho-Oh mais uma vez e decide partir numa jornada somente com Pikachu, como havia feito quando começou sua jornada. Há muita coisa acontecendo e, como resultado, o roteiro de Sonoda fica sobrecarregado e falha em desenvolver tudo de forma adequada. Este claramente devia ser um episódio de, no mínimo, duas partes, mas os roteiristas decidiram despejar todos os acontecimentos importantes neste e usar o seguinte todo para a quase nada relevante viagem de barco de Ash e Pikachu para Hoenn.

Entretanto, apesar de nas coxas, o episódio consegue captar bem alguns elementos-chaves de seus personagens. É completamente coerente que Misty e Brock não estejam nem um pouco a fim de voltarem para suas respectivas casas. Se tem uma coisa em comum aos protagonistas da série original é que a maioria deles encontrou em sua viagem uma forma de escapar dos seus lares, onde eram profundamente infelizes (Misty, Brock, Jessie, James e Meowth…). A garota de Cerulean vivia num lar em que ela nunca conseguia se destacar. Por ser a caçula e a menos atraente de suas irmãs, ela era sempre desfavorecida e frequentemente humilhada por elas. Ela então sai de casa com o único propósito de provar a si mesma que era capaz de superá-las, tornando uma Mestre de Pokémon Aquáticos. A série pode ter falhado em dar Misty menos atenção e menos batalhas do que ela merecia/ devia ter, mas especialmente em Johto, eles fizeram questão de enfatizar que ao menos ela estava no caminho certo.

O mesmo vale para Brock e sua família, cuja triste história envolve ser abandonado por ambos os pais desajuizados e ter que deixar suas próprias ambições de lado por anos – comparem o quão Brock é mais velho do que os típicos jovens Treinadores que saem em jornada – para assumir as responsabilidades dele sozinho, incluindo aí o Ginásio e seus nove irmãos mais novos (fazer que é bom eles gostam né, quero ver assumir =P). Não é à toa que nenhum dos dois reage muito bem – Misty com a raiva e a tristeza e Brock com o conveniente esquecimento – quando essas famílias, que por anos foram responsáveis por essas frustrações, lhes convocam de volta, mas eles vão mesmo assim como os bons irmã e filho que são.

O episódio também traz um certo foco à decepção de Misty com o fato de Ash ser incapaz de perceber que ela não quer deixar de viajar com ele e também não demonstrar tristeza pela eventual separação. Durante toda a série, os roteiristas brincaram com a ideia do romance entre Misty e Ash – muito similar ao que eles estão fazendo com Serena hoje em dia – e embora isso tenha gerado momentos legais, foi uma relação sempre muito unilateral, que impediu os personagens de se tornarem mais íntimos ou desenvolverem uma grande cumplicidade – como foi com Ash e Dawn – porque eles não queriam arriscar parecer mostrar que Ash estava sendo recíproco e que os dois poderiam um dia namorar, então Misty ter suas dúvidas sobre o quanto o garoto de Pallet faz realmente questão dela ao seu lado faz todo sentido e condiz com como o envolvimento desses dois personagens foi trabalhado ao longo da série.

Apesar de se tratar da despedida de Misty no anime, “A Gente Se Vê Depois!” também marca o começo de um novo arco para a personagem. Nos especiais que mais tarde pudemos conferir em Pokémon Chronicles, vemos Misty se tornando a Líder de Ginásio da Cidade de Cerulean, como nos jogos, e permanecendo no cargo mesmo após o retorno de suas irmãs. Como se já não tivesse coisa demais pra esprimer em 22 minutos, Hideki Sonoda decidiu preparar o campo para esse desenvolvimento apresentando aqui os Invencíveis Irmãos Pokémon, que voltariam a confrontar a ruivinha em “Problemas em Cerulean!”. Embora eu goste de ver Misty descontando sua frustração e tristeza pela aparente indiferença de Ash neles, eu não gosto muito do trio – eles são irritantes e chatos –, mas honestamente adoro como Ash e Brock aparecem e alegam estar lá não porque ela precisa de ajuda, mas porque queriam compartilhar uma última batalha com ela antes de se separarem.

Entretanto, o que poderia ser uma ótima última batalha entre amigos, é arruinado por mais uma aparição desnecessária da Equipe Rocket. Os vilões de todo dia são os responsáveis por terem contratado o trio de irmãos para vencerem os pirralhos, mas tal envolvimento no plano é simplesmente dispensável uma vez que o trio de irmãos é tão mau caráter que eles realmente não precisariam ser pagos para desafiarem uma Treinadora aparentemente fragilizada, como Misty estava, e depois apelar diante da possibilidade da derrota. Os Rockets também se tornam mais um problema se você pensar que na segunda metade do episódio eles retornariam com um outro plano muito mais importante, então realmente não teria feito mal se Sonoda deixasse a intromissão deles de lado e investisse mais na batalha dos amigos. Com os bandidinhos fora de cena, Ash aponta a bicicleta de Misty e lembra como ela tem que ir. É legal a sutileza da cena, que faz a garota entender que seu amigo de jornada lamenta sim que ela tenha que partir, mas ele é o primeiro que diz adeus a seus amigos quando acha que vai ser o melhor pra eles – foi ele quem decidiu que Butterfree, Pikachu e Charizard tinham que partir, por exemplo, ainda que contra sua vontade.

Eu também gosto de como o anime encerra o caso da bicicleta. Diferente das situações de May e Dawn, na qual havia sido apenas um artifício de humor, a destruição da bicicleta de Misty havia sido um acontecimento importantíssimo e foi a principal razão de ela ter seguido Ash nos primeiros episódios. Por anos, ficou a pergunta se um dia ele pagaria uma bicicleta nova para a Treinadora, mas a solução encontrada foi outra e uma que me agrada mais. O fato de aquela mesmíssima bicicleta ter sido consertada – pela Enfermeira Joy que eles haviam conhecido na primeira ida ao Centro – e devolvida à Misty fecha o ciclo de forma mais adequada. É também interessante ver como a garota dá pouquíssima importância ao objeto agora. Ela não faz questão de ter a bicicleta mais, mas é legal como a mesma bicicleta que a uniu a Ash, agora a leva para um caminho diferente.

Enfim, chega a hora do adeus. E este é definitivamente o melhor momento do episódio. A sequência é toda linda. Seja com Misty se mostrando preocupada sempre com seus amigos sem ela, ou Ash corrigindo-a que não foi uma coincidência que eles se conheceram, mas que era pra ser, ou Brock dizendo que eles são os melhores amigos do mundo. Cada um contribui de forma especial. Também foi bom que a necessidade de Brock de voltar pra casa tenha sido mantida em segredo até o final. Afinal de contas, o Criador se reuniria a Ash em menos de 5 episódios de qualquer maneira. Ainda depois de quebrar o drama do momento com o humor, o episódio consegue ainda retomá-lo com Misty e Brock voltando rapidamente para um presente comum, mas simbólico, e depois sumindo definitivamente numa cena lindíssima.

A segunda parte do episódio já mostra Ash em Pallet e não há nada muito especial para se comentar. As cenas de Ash em casa, a despedida de Gary – agora em seu caminho para se tornar um Pesquisador – e decidindo partir numa nova jornada são momentos bacanas que teriam se beneficiado MUITO mais de um outro episódio para se desenrolarem melhor. Além disso, o ataque da Equipe Rocket cavando um buraco e simplesmente jogando fumaça nele esperando Ash se asfixiar é bastante cruel, mas se o Treinador não tivesse feito questão de sair de lá com a ajuda simbólica de seus amigos, ele ainda podia tê-lo feito usando seus Pokémon facilmente. A versão brasileira tem um toque especial porque marca a última vez que ouvimos as vozes da Sr.ª Ketchum, Gary e Tracey com seus dubladores originais antes da salada mista que a direção pavorosa de Gilmara Sanches fez com esses personagens nas temporadas posteriores na Centauro – só agora em 2014, DEZ ANOS DEPOIS, com a direção a cargo de Márcia Regina, é que Vanessa Alves retornou ao papel da Sr.ª Ketchum, por exemplo.


Se o enredo tem seus muitos problemas, a animação por outro lado é impecável. Com um trabalho lindo nos traços, na iluminação, nas cores, na direção, esse é o episódio mais visualmente lindo da série original, sem dúvidas! Felizmente, a versão brasileira da Parisi Vídeo acerta com um trabalho de tradução excelente – a adaptação dos textos já era um problema sério na fase Master Quest –, mas eu não gosto muito das vozes dos Invencíveis Irmãos Pokémon, especialmente quando eles falam juntos. A música da despedida da Misty também não ficou tão boa quanto a versão americana – algo normal, já que a dublagem dos episódios tem um orçamento inferior no Brasil. Enfim, “A Gente Se Vê Depois” é um daqueles episódios inesquecíveis por sua importância, mas que não teve o tratamento que realmente merecia. Infelizmente, Sonoda voltaria e cagaria ainda mais um final de saga com o roteiro deO Lar É o Início de Tudo”, o episódio final de Advanced Generation. Entretanto, independente do quão boa ou ruim a despedida de nossos queridos personagens tenha sido, quando eles finalmente deixaram o anime, já tinham marcado um x no nosso coração.


Considerações finais:
  • Infelizmente não pude achar uma versão legendada do episódio em japonês para comparar, mas estou ciente de que o flashback de Misty em ambas as versões é completamente diferente e sinceramente prefiro o da versão japonesa porque foca mais na trajetória da personagem do que no seu relacionamento com Ash, mas vou deixar aqui pra vocês conferirem aqui e aqui e decidirem por vocês mesmos qual vocês preferem;
  • Ainda sobre os flashbacks, uma coisa que eu acho bizarra no americano é que ele contém muitas cenas de aberturas. É tipo “Massa aquele dia quando nós corremos na campina enquanto tocava É UM MUNDO NOVO DE AVENTURAAAAAAAS!!! ♫; 
  • Eu gosto muito também de Ash devolver a outra metade da Pokébola que eles haviam rachado quando crianças. É um gesto muito bonito da parte do garoto de Pallet e mostra o quão eles são importantes um para o outro. Eu também gosto de como Ash ainda admira Gary apesar de tê-lo vencido e o tem por exemplo. Gary foi fundamental na sua ida para Johto e agora também o é na decisão de ir para Hoenn só com Pikachu;

  • Eu sei que estou atrasado a respeito, mas fiquei bastante empolgado com o anúncio dos jogos Pokémon Omega Ruby & Alpha Sapphire. Entretanto, eu realmente fico preocupado que lançando seu terceiro jogo seguido em três anos, o pessoal da Game Freak esteja sacrificando qualidade pela quantidade, mas vamos torcer para que não;

7 comentários:

  1. Excelente análise. Admiro muito este episódio, e vejo os mesmos defeitos nele.

    A única diferença é que eu gostei quando a Misty saiu, ela é uma boa personagem, mas eu gostei de ver o anime dando uma variada e colocando uma menina noob entre os protagonistas. Mas já estou com saudades da Misty, há quantos anos ela não aparece no anime? (excluindo aberturas, obviamente) Uns 8 anos, certo??

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    1. Ah eu entendo perfeitamente a saída de Misty e sou a favor do revezamento de personagens... hoje em dia. Quando eu não entendia a coisas direito, achava abominável XDD
      Aliás, é, faz uns 9 anos que Misty não tem aparição no anime e eu realmente acho que eles deviam mudar isso.

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    2. Também acho legal essa renovada que a série dá nos personagens e pra ser sincero, embora não tanto quanto da Misty, eu tenho um grande carinho pela May. Ela é birrenta, egoísta, mandona, a típica irmã mais velha. Mas é forte, determinada e meiga também. Com certeza foi uma boa substituta.
      A Dawn eu não cheguei a conhecer tão bem e a Iris ninguém merece.

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  2. A Gente Se Vê "Depois". Depois sao 9 anos no caso da Misty...
    Gostei e concordo com este Charithought.
    Eu gostaria muito de ver novamente o trio original (ash, misty e brock) em um novo continente, todos capturandos novos pokemons e tal. se bem que é bem dificil disso acontecer ne...

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  3. Ah. A Misty. Meh.

    Vou esperar esperançosamente uma análise dos três episódios de Ash vs Paul na Liga Sinnoh. Quem sabe, eu veja por volta do natal? XP

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    1. Eu devia ter mesmo colocado a advertência "Blogima, esse charithought não é pra vc. Sai daqui" XDD

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  4. Dá pra perceber que a Misty é a coisa que faz mais falta para o anime. (Quase) Todo fã, quando perguntado sobre a série clássica, praticamente só fala dela!
    Estou há alguns anos reassistindo (ou só assistindo, no caso de alguns episódios) a série toda, incluindo especiais e tudo o mais que tenho direito e este é um dos episódios que eu ainda não tinha visto. Acho que pra mim teve um sentimento de tristeza maior ainda, pq, mesmo sabendo que a Misty não estava mais lá, eu ainda não tinha visto ela indo embora. Chorei muito e não escondo hsaushuahsuahus.

    Risos para esconder a vergonha à parte, eu gosto de analisar as cenas sempre que há um flashback em qualquer série; eu sei, sou muito estranho.
    Mas se for parar pra prestar atenção, a versão original mostra algumas frustrações e alegrias masoquistas da Misty.

    Pra começar, assim que sabe que agora não tem mais volta e que vão se separar de vez, a primeira coisa que a Misty lembra foi do tapa que deu no Ash. Será que ela gostou? Será que queria se desculpar esses anos todos e não teve coragem? Sei que marcou.

    Aí vem cenas compreensíveis: a luta contra Ash no Ginásio de Cerulean, mais pra frente tem a cena em que ela compete pelas bonecas que sempre quis a infância inteira, inexplicavelmente só mais pro meio ela lembra de quando o Togepi nasceu, quando pegou o Corsola (que nos especiais parece ter se tornado seu Pokémon favorito, já que dos da velha guarda ela só usa o coralzinho praticamente), a apresentação de sua maravilhosa isca especial, as viagens pelo Arquipélago Laranja (mesmo que tenha sido curto, ela deve ter amado viver tanto tempo perto da água)...

    Ai terminamos com a luta pelo Totodile (ela devia mesmo querer ele), o encontro com o Marill chorão (deve ter ficado com tanta vontade de ter um que implorou pro Tracey breedar o seu e lhe dar o ovo de onde nasceu seu Azurill)

    Mas mesmo que critiquemos o ocidente, também tem umas cenas bizarras no original. Tipo, porque raios ela se lembra do gerador de Pikachu no Ginásio de Veridian? E do Pikachu gigante da Ilha dos Pokémon Gigantes? Ela deve ter se assustado muito pra lembrar até hoje... e o Spinarak? Deve ter sido outro baita susto inesquecível... seu encontro com Ashley tbm é meio sem sentido, a não ser que seu lado Tomboy tenha aflorado.

    Mas, por fim, ela pensa na saudade que todos seus amigos vão deixar. E nós pensamos em vc sempre, ruivinha!

    Mora pra sempre aqui, ó S2

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